COMO SE TORNAR UM DOADOR DE ÓRGÃOS
Atualmente, existem mais de 40 mil pessoas que aguardam por uma doação de órgão no Brasil, sendo que aproximadamente mil dessas pessoas são crianças. Apesar dessa enorme demanda, mais de 40% das famílias brasileiras negam a doação diante de uma oportunidade para tal ato.
Para que uma pessoa se torne oficialmente uma doadora de órgãos é muito simples e fácil! Basta avisar a família por qualquer meio de comunicação, inclusive através de uma simples conversa. Não é preciso deixar nada por escrito.
Como somente os parentes podem autorizar a doação, um dos principais fatores pela baixa taxa de doação de órgãos no Brasil é a negação familiar. Dessa forma, para que possamos aumentar o número de doadores em nosso país, é necessário e essencial que a discussão sobre a temática seja algo mais rotineiro e cotidiano, de forma a desfazer os mitos e tabus que rondam esse ato que gera esperança para tantas vidas.
Devemos ter em mente que a doação é um ato de caridade e amor ao próximo. A retirada dos órgãos doados é feita como uma cirurgia normal e, dessa forma, o corpo pode ser velado normalmente.
A doação de órgãos e tecidos pode ocorrer após a constatação da morte encefálica, que é a interrupção irreversível das funções cerebrais, ou em vida. Dessa forma, existem dois tipos de transplante: a partir de doadores falecidos e a partir de doadores vivos.
No primeiro caso, o doador é capaz de trazer esperança e salvar a vida de mais de vinte pessoas, podendo doar córneas, coração, fígado, pulmão, rim, pâncreas, ossos, vasos sanguíneos, pele, tendões e cartilagem.
O doador em vida, por sua vez, deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde. A doação ocorre somente se o transplante não comprometer suas aptidões vitais. Rim, medula óssea e parte do fígado ou pulmão podem ser doados entre cônjuges ou parentes de até quarto grau com compatibilidade sanguínea. No caso de não familiares, a doação só acontece mediante autorização judicial.
No caso específico do transplante renal, este consiste em uma opção de tratamento para os pacientes que sofrem de doença renal crônica em fase avançada. Essa terapia permite que um rim saudável seja doado a um paciente cujo rim não consegue exercer sua função de filtração e eliminação de toxinas. O transplante renal é considerado a mais completa alternativa de substituição da função renal, apresentando como principal vantagem a melhoria da qualidade de vida, uma vez que garante mais liberdade na rotina diária do paciente.
São milhares de pessoas que, no momento em que você lê este texto, se encontram no aguardo por uma oportunidade de renovar as esperanças e melhorar a qualidade de vida. Por isso, precisamos promover a discussão do tema, quebrar tabus, dialogar sobre a saúde, ética e amor ao próximo, e sempre reforçar a importância deste ato para salvar inúmeras vidas.
Quando ocorre a doação de um órgão, o paciente consiga desfrutar de uma vida mais saudável e com mais qualidade. Sendo assim, devemos sempre estar conscientes dos benefícios desta terapia para que possamos passar as informações corretas à frente e estimular essa prática que salva vidas!
Referências:
https://www.soudoador.org/#queroserdoador
https://www.adote.org.br/seja-um-doador
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