IMPORTÂNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E DO CONTROLE DA GLICOSE NA PREVENÇÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA

 

O Diabetes Mellitus é um grupo heterogêneo de doenças metabólicas caracterizadas pelo aumento da glicose no sangue (hiperglicemia), que, ao se tornar crônica, associa-se a complicações e lesões de vários órgãos, principalmente os olhos, os rins, o sistema nervoso e as doenças cardiovasculares.

O objetivo principal do tratamento contra essa doença é a manutenção dos níveis de glicose no sangue dentro dos limites estipulados. Para isso, mudanças comportamentais e no estilo de vida são indispensáveis. Além do conhecimento do indivíduo sobre a sua doença, é necessário que haja disciplina na adoção de uma alimentação adequada e balanceada, e na prática regular de exercícios físicos, bem como na monitorização constante dos níveis de glicose e na utilização de insulina ou medicamentos hipoglicêmicos orais quando necessários.

O exercício físico regular é recomendado para a maioria dos diabéticos. Os benefícios dessa prática para os diabético reside no fato de que a atividade física reduz diretamente a concentração de glicose no sangue, aumenta a resposta dos tecidos à insulina, melhora o perfil lipídico, preserva e aumenta a massa muscular, favorece a redução do peso corporal, melhora o funcionamento do sistema cardiovascular, contribui para diminuir a média da pressão arterial, melhora os níveis da hemoglobina glicosilada, reduz a necessidade de hipoglicemiantes e a dosagem diária de insulina, atuando, dessa forma, tanto na prevenção quanto no tratamento do diabetes.

O Diabetes Mellitus danifica os rins, uma vez que aumenta a pressão dos vasos sanguíneos que irrigam este órgão, gerando dano ao longo dos anos, o que acarreta a diminuição da filtração de sangue e, nos casos mais avançados e graves, leva o paciente a necessitar de diálise. Por isso, é de extrema importância o controle glicêmico para evitar as lesões nos rins e consequentemente a evolução para uma doença renal crônica.

Nos pacientes que já estão em diálise, vários fatores podem prejudicar o controle da taxa de glicose no sangue, incluindo tanto fatores relacionados à nefropatia quanto relacionados ao método dialítico empregado. Por isso é necessário um acompanhamento adequado com a equipe multidisciplinar responsável pelo paciente.

O exercício físico auxilia, também, no processo de perda de peso e redução da pressão arterial. O excesso de peso e a obesidade estão associados a alterações renais hemodinâmicas, estruturais e histológicas, bem como desordens metabólicas e bioquímicas que predispõem à doença renal. Isso porque uma série de eventos é desencadeada pela obesidade, incluindo resistência à insulina, intolerância à glicose, hiperlipidemia, aterosclerose, hipertensão e aumento do risco cardiovascular. Além da frequente relação com diabetes e hipertensão, ambas prejudiciais aos rins a longo prazo, a obesidade predispõe à nefropatia diabética, nefroesclerose e glomeruloesclerose.

Sempre consulte seu médico para avaliar as possibilidades da prática de exercício físico que se adequem as suas condições de saúde.

  

Referências:

https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diretrizes_clinicas_cuidado_paciente_renal.pdf

http://danielsimonn.com.br/artigos/artigos4.pdf

https://saude.abril.com.br/fitness/exercicio-no-tratamento-e-na-prevencao-da-doenca-renal-cronica/

https://www.bjnephrology.org/en/article/prevencao-da-progressao-da-doenca-renal-cronica-drc/


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