PREVENÇÃO À DOENÇA RENAL CRÔNICA
Diante da gravidade da DRC, vários países têm se mobilizado para o
enfrentamento dessa condição crônica e suas complicações através de programas
de identificação e tratamento precoce, com ênfase nas medidas preventivas que
retardam a velocidade de progressão da perda da função renal.
No Brasil, a implantação de uma política pública na prevenção de
doenças renais data de 2004, com a portaria GM/MS nº 1.168/200413, que objetiva
a organização de uma linha de cuidados integrados no manejo das principais
causas para lesão renal no SUS. Além disso, o Ministério da Saúde lançou, em
2006, as diretrizes para Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular,
Cerebrovascular e Renal Crônica, que recomendaram a realização do rastreamento
precoce na atenção primária em grupos de risco, com diabetes mellitus,
hipertensão arterial e história familiar de DRC.
A prevenção da doença renal crônica consiste em tratar e controlar os
fatores de risco modificáveis – diabetes, hipertensão, dislipidemia, obesidade,
doença cardiovascular e tabagismo – de acordo com as normatizações e
orientações do Ministério da Saúde. O uso crônico de qualquer tipo de medicação
deve ser realizado apenas com orientação médica e deve-se ter cuidado
específico com agentes de efeito reconhecidamente nefrotóxico.
Algumas medidas de prevenção básicas a serem seguidas são:
▸ Manter hábitos alimentares saudáveis;
▸ Não fumar;
▸ Praticar atividade física regularmente;
▸ Manter controle sobre a pressão arterial;
▸ Não se automedicar;
▸ Manter controle sobre o peso corporal;
▸ Consultar regularmente um médico e acompanhar
os exames de creatina.
Mostra-se importante a linha de cuidado do paciente renal crônico
pautada na integralidade do cuidado e com maior destaque para o nível primário
de atenção à saúde. Por meio de palestras e de programas de educação
continuada, os profissionais dos centros de saúde devem ser treinados para
realizar a busca ativa de novos casos de DRC, sobretudo nas populações de alto
risco, e instituir as medidas clínicas iniciais, além de triar os casos mais graves.
Quanto à prevenção da progressão
da doença, portadores de diabetes mellitus, hipertensão arterial e indivíduos
com histórico familiar de DRC devem ser investigados e, se necessário, tratados
precocemente. Todos os pacientes com DRC devem ser encaminhados precocemente ao
nefrologista e é essencial o controle rigoroso da pressão arterial para todos e
o controle rigoroso da glicemia para diabéticos. Ademais, deve-se manter uma
nutrição adequada e evitar o fumo, associado à
proteinúria mais severa.
O paciente renal crônico é um paciente multidisciplinar, sendo necessário para seu seguimento adequado a atuação não apenas do nefrologista, mas também de enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, dentistas, dentre outros, visando à atuação conjunta para realização das medidas preventivas à evolução da DRC.
https://arquivos.sbn.org.br/uploads/ambr.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rsp/v54/pt_1518-8787-rsp-54-86.pdf
https://saudedasaude.anahp.com.br/doenca-renal-cronica-sintomas-e-prevencao/
Comentários
Postar um comentário