A ALBUMINA NA DRC


A albumina é uma proteína que é sintetizada no fígado e está presente no plasma sanguíneo. Ela é produzida após a ingestão e metabolização de alimentos ricos em proteínas, como as carnes, o leite ou os ovos. As suas funções no organismo são: manutenção da pressão osmótica (necessária para a distribuição correta dos líquidos corporais), manutenção do equilíbrio ácido-básico, transporte de hormônios e de outros componentes importantes do nosso organismo.

Ela é a mais abundante proteína plasmática, perfazendo um total de 50% das proteínas totais do soro humano. As concentrações séricas normais encontram-se entre 3,5 g/dL e 5,0 g/dL. 

Porém, na doença renal, o metabolismo da albumina sérica fica comprometido; o tratamento dialítico proporciona maior perda de albumina pelo próprio processo; e pode ocorrer baixa ingestão proteica pelos pacientes em diálise. A prevalência de desnutrição energético-protéica em pacientes com doença renal crônica em programa de hemodiálise é elevada. A depender do parâmetro utilizado, esta prevalência pode variar de 10% a 54%. Um dos fatores responsáveis pela desnutrição energético-proteica é a ingestão alimentar insuficiente.

Apesar de a albumina ter sido, até o momento, o parâmetro mais comumente utilizado como marcador do estado nutricional dos pacientes em hemodiálise, esta proteína plasmática não deve ser utilizada como critério isolado para este fim. Na avaliação do estado nutricional dessa população, a medida da albumina sérica deve ser considerada somente frente a uma avaliação das condições que possam alterar seus níveis séricos, como a ingestão alimentar, a hipervolemia, a acidose metabólica e o estado inflamatório.

As principais funções do rim são filtrar e remover as toxinas do sangue. As moléculas “grandes”, como as proteínas, normalmente não são eliminadas, exceto quando os glomérulos renais estão danificados. Se a função renal está comprometida, ocorre passagem de albumina do sangue para a urina.

Essa perda de proteínas na urina denomina-se proteinúria; mais especificamente, a perda de albumina na urina é chamada albuminúria. Numa primeira fase, as perdas de albumina são em pequenas quantidades (microalbuminúria), e, com o avanço da doença renal, as perdas de albumina na urina aumentam (macroalbuminúria). A presença de albumina na urina numa consulta de rotina é sinal de alerta para lesão renal.

A albuminúria pode surgir sem sinais e sintomas; no entanto, o sinal mais comum é a urina com espuma. Se a albuminúria persiste, pode fazer com que os líquidos passem das paredes dos vasos sanguíneos para outros tecidos do organismo e provoquem edemas (inchaços) nos olhos, pés e mãos.

A albuminúria pode ser detetada nas análises de rotina através da análise da relação albumina/creatinina, realizada de preferência na primeira urina da manhã. Sendo o resultado positivo deve ser repetido duas vezes nos três meses seguintes, de modo a confirmar se a albuminúria é persistente. Entretanto, apenas uma biópsia renal permitirá detectar a causa e determinar o tratamento. 

A maior parte dos casos de doença renal não tem cura, mas pode ser possível iniciar o tratamento que retarde a evolução da doença. Sempre que possível, deve tentar-se controlar a causa (como diabetes ou hipertensão). O tratamento utilizado para reduzir a perda de albumina é através de medicação que ajuda a diminuir as perdas de albumina.

Quanto à dieta, é importante uma ingestão regular de alimentos proteicos como as carnes, o ovo e o leite e seus derivados. Em destaque, a clara do ovo é rica em albumina e pode ser consumida de maneiras variadas, como, por exemplo: cozida e picada no arroz, no molho do frango ou peixe cozido, misturada as saladas, como acompanhamento no pão, biscoito ou cuscuz, entre outras formas.



Referências:

O que é albuminúria? Portal da diálise. 2017. Disponível em: https://www.portaldadialise.com/articles/o-que-e-albuminuria

A albumina e sua importância para o paciente renal em diálise. Portal Educação. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/a-albumina-e-sua-importancia-para-o-paciente-renal-em-dialise/56689

SANTOS, N. S. J., et. al. Albumina sérica como marcador nutricional de pacientes em hemodiálise. Rev. Nutr., Campinas, 17(3):339-349, 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rn/a/6vKpYTwjh6JzdZczyPRfGTt/?lang=pt


Imagens:

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